O IBP realiza avaliações econômico-financeiras nas disputas que envolvem questões de alta tecnologia, apoiando os operadores do Direito e as partes em processos judiciais. Atua, também, nas questões tecnológicas e econômicas em apoio a ações arbitrais ou de administração judicial.

A avaliação financeira forense das questões tecnológicas é essencial para a administração judicial de empresas devido à crescente importância da tecnologia nos negócios. Com o aumento da dependência das empresas de sistemas digitais para armazenar e processar informações, as questões tecnológicas estão se tornando cada vez mais comuns em processos judiciais. A avaliação segundo métodos que são próprios das ciências forenses é capaz de fornecer provas valiosas para ajudar a esclarecer questões complexas.

A avaliação forense das questões tecnológicas inclui a análise de ativos tecnológicos, como sistemas e dados armazenados em servidores, computadores, dispositivos móveis, redes, nuvem e outros ambientes digitais. Ela pode ajudar a esclarecer questões e a tomada de decisão por Magistrados e pelas partes.

Primeiramente, esse tipo de avaliação é capaz de identificar dados excluídos e reconhecer alterações feitas no ambiente ao longo do tempo. Isso é crucial para garantir que essas vestígios e as demais evidências coletadas possam ser consideradas confiáveis e que o Magistrado e as partes envolvidas possam acreditar nos resultados das demais análises.

Com o reconhecimento e a preservação dos ambientes tecnológicos de interesse, passa-se às avaliações tecnológicas propriamente ditas. Uma área usualmente presente em processos judicais do mundo corporativo é a apuração do valor de patentes, demandando principalmente análises financeiras, avaliações de mercado, estudos de caso e análises comparativas.

A análise financeira envolve avaliar o potencial de renda futura da patente, incluindo estimar as receitas futuras a partir da possível venda de produtos ou de licenças nela baseadas, bem como avaliar os custos associados à sua exploração. Esta abordagem é mais comum quando a patente é utilizada como garantia para obtenção de empréstimos ou investimentos.

A avaliação de mercado envolve analisar o potencial de mercado para o produto ou tecnologia protegida pela patente. Isso pode incluir estimar o tamanho do mercado, a demanda futura e a competição. Esta abordagem é mais frequente quando a patente está sendo vendida ou licenciada.

A abordagem de estudos de caso envolve avaliar casos semelhantes de patentes já licenciadas ou vendidas. Isso pode incluir comparar as patentes com outras semelhantes em termos de tecnologia, mercado e outros fatores relevantes.

A análise comparativa envolve comparar a patente com outras patentes semelhantes, na mesma área de tecnologia ou com patentes de outras áreas que possam ser relevantes para a avaliação.

O valor de uma patente pode variar significativamente, dependendo do contexto e de circunstâncias específicas, como a capacidade financeira para explorá-la e de fatores como a validade da patente, a possibilidade de desafios legais e a capacidade de licenciamento.

Princípios e métodos similares podem ser empregados na avaliação econômica de sistemas de informática desenvolvidos ou contratados pelo interessado. O valor econômico do código-fonte de programas de computador pode ser apurado por análise de seus compomentes técnicos e pela avaliação dos registros administrativos e contábeis inerentes ao seu desenvolvimento ou obtenção, além dos já mencionados análise financeira, avaliação de mercado, estudo de caso e análise comparativa, entre outros Sob o ponto de vista financeiro, cabe tambem avaliar o potencial de renda futura do código-fonte. Isso inclui estimar as receitas futuras que poderiam ser obtidas a partir da venda de licenças de uso do sistema e da prestação de serviços associados, de treinamento, suporte e customização, bem como avaliar os custos associados ao desenvolvimento e manutenção do código-fonte. Esta abordagem é mais comum quando o código-fonte é utilizado como garantia para obtenção de empréstimos ou investimentos.

A avaliação de mercado envolve avaliar o potencial de mercado para o produto ou tecnologia representado pelo código-fonte. Isso pode incluir estimar o tamanho do mercado, a demanda futura e a competição. Esta abordagem é mais comum quando o código-fonte está sendo vendido ou licenciado.

O estudos de caso envolve avaliar casos semelhantes de código-fonte já licenciado ou vendido. Isso pode incluir comparar o código-fonte com outros semelhantes em termos de tecnologia, mercado e outros fatores relevantes.

A análise comparativa  pode enfrentar barreiras quanto ao sigilo, mas envolve comparar o código-fonte com códigos-fonte similares.

Outros exemplos sobre avaliações econômicas de recursos tecnologicamente sofisticados podem ser encontrados na área de bancos de dados.  Alguns trabalhos focam o Retorno sobre Investimento (ROI), calculando-se o retorno obtido sobre o investimento inicial no banco de dados, comparando os ganhos gerados com os custos de aquisição e manutenção do banco de dados. A análise de fluxo de caixa descontado (DCF) é usada para avaliar o valor futuro do banco de dados, considerando fluxos de caixa futuros e descontando-os para o presente. A análise de custo-benefício compara o custo de aquisição e manutenção do banco de dados com os benefícios gerados por ele. A análise de risco avalia os riscos associados ao banco de dados, incluindo riscos de segurança, riscos de perda de dados e riscos legais. A nálise de impacto avalia como o banco de dados impacta a empresa em termos de melhoria de processos, aumento de vendas e eficiência operacional. O estudo de viabilidade: verifica se o banco de dados é viável do ponto de vista técnico, operacional e financeiro.

Há ainda análises tecnológicas relacionadas seguros sobre riscos cibernéticos. O valor de um seguro de risco cibernético pode ser calculado de várias maneiras, dependendo do segurador e do tipo de cobertura oferecida. Algumas formas comuns de calcular o valor de um seguro de risco cibernético incluem a análise do risco de uma empresa ser vítima de um incidente cibernético, levando em consideração fatores como a natureza dos dados armazenados, as medidas de segurança existentes e a regulamentação aplicável. Pode ser relevante avaliar  fatores como o histórico de incidentes cibernéticos da empresa, a indústria em que ela atua e a quantidade de cobertura desejada. Frequentemente são estabelecidos elimites para o pagamento de indenizaçõe e limites de cobertura para os diferentes tipos de incidentes.

Esses são alguns exemplos dos serviços prestados por IBP no contexto de perícias financeiras administrativas, arbitrais ou judiciais.

Veja mais em economiaforense.com.br

(arte ©iStock.com/diego_cervo)